DANIELA TÓFOLI
da Folha de S.Paulo
O fim do trema está decretado desde dezembro do ano passado. Os dois pontos que ficam em cima da letra u sobrevivem no corredor da morte à espera de seus algozes. Enquanto isso, continuam fazendo dos desatentos suas vítimas, que se esquecem de colocá-los em palavras como freqüente e lingüiça e, assim, perdem pontos em provas e concursos.
O Brasil começa a se preparar para a mudança ortográfica que, além do trema, acaba com os acentos de vôo, lêem, heróico e muitos outros. A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y. As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa --uma população estimada hoje em 230 milhões-- e têm como objetivo aproximar essas culturas.
"O problema é Portugal, que está hesitante. Do jeito que está, o Brasil fica um pouco sozinho nessa história. A ortografia se torna mais simples, mas não cumpre o objetivo inicial de padronizar a língua", diz Moreira.
"Hoje, é preciso redigir dois documentos nas entidades internacionais: com a grafia de Portugal e do Brasil. Não faz sentido", afirma o presidente da
Tema: A reforma ortográfica na Língua Portuguesa e seus benefícios
A Língua Portuguesa é difícil. Suas regras gramaticais são uma das mais complexas das línguas, mas a reforma ortográfica não foi criada com objetivo de facilitar para os estudiosos e sim para unificar os países que falam o mesmo idioma.
As mudanças tornarão a língua uma só. Os benefícios que isso pode trazer para os países falantes do português são notáveis: além de facilitar o intercâmbio científico e cultural, a expectativa é de que a reforma amplie a cooperação entre os integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.
O desafio agora é a adaptação. Se para algumas pessoas era difícil entender uma gramática antiga, agora com a modificação fica ainda mais difícil.
É necessário que o governo invista agora na capacitação dos educadores para que a reforma não fique apenas no papel e a população deve adaptar e aceitar as novas regras. Afinal, se a língua é viva, é normal que ela sofra transformações.
Excelênte!
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